Centro de Acolhimento às Crianças São Vicente de Paulo CEAC

O Centro de acolhimento às Crianças São Vicente de Paulo nasceu da necessidade de dar amparo às famílias em situação de extrema vulnerabilidade do bairro São Vicente (Campo) da cidade de Bom Despacho - MG e contou, desde o princípio, com a atuação da Pastoral da Criança que faz  um acompanhamento fraterno dessas famílias. 
Onde hoje está localizado o Ponto de Cultura antes era um ponto de tráfico, e ali, não raras vezes, eram feitas autuações policiais. A história de nosso Ceac  é construída com a corajosa ação da comunidade na intenção de melhorar a  vida das pessoas do lugar, promovendo ações de cuidado com as crianças e famílias e incentivo ao protagonismo sóciocultural de adolescentes, jovens, adultos e também idosos. 
 A despeito da desigualdade social e contradições existentes na comunidade humana, existimos para resistir e promover sentido pleno à vida. Nesse sentido, realizamos ações de proteção social de crianças, adolescentes e jovens em situação de risco social decorrente da pobreza e da falta de acesso serviços públicos por meio de ações educativas e formativas para o desenvolvimento das habilidades e competências das familias atendidas.
Existimos, sobretudo, para assegurar às crianças, adolescentes, jovens e suas familias espaço de promoção da sensibilidade humana com reflexão crítica e exercício da criatividade cidadã, garantindo o direto à memória,, à fruição e produção cultural, à identidade e à existência espiritual e física em plenitude. 

O Ponto de Cultura Centro de Acolhimento às Crianças São Vicente de Paulo (CEAC) é uma entidade que desde 2015 desenvolve diversas ações formativas Culturais no município de Bom Despacho -MG.
Atualmente atende mais de 150 pessoas nas oficinas de teatro, violão, capoeira, dança, Karaté e Alfabetização, além do fornecimento de alimentação periodicamente à população de baixa renda. Foi declarada com sendo de utilidade pública municipal através da lei 2.526 em 10 de dezembro de 2015, atuando na comunidade do Campo da aviação, periferia da cidade, abrangendo os bairros: São Vicente, Novo São Vicente, JK, Aeroporto I e Santa Marta.
A atuação da entidade contabilizou avanços durante seus 21 anos de fundação, sendo de utilidade pública municipal e em 2020 foi certificada como Ponto de Cultura federal.
E com a articulação em rede cultura viva, pôde intensificar parcerias com o poder público nas áres de Cultura, Educação e Desenvolvimento social. E assim, tem tido condições de contribuir no acolhimento e garantia de direitos ao público atendido, em especial crianças, adolescentes e jovens; principalmente os que estão em situação de vulnerabilidade social, fornecendo infraestrutura com o fornecimento de mão de obra e materiais.
A articulação com a comunidade tem gerado resultados relevantes e avanços significativos, estabelecendo elos comunitários para o desenvolvimento cultural e social do município, que é de pequeno porte e carente de atividades culturais. A parceria se estende com as Escolas públicas, APAE, associações culturais e de bairro e com as igrejas. Sendo a atuação da entidade no sentido de estimular as pessoas a atuarem pela transformação de seu município, não sendo mero espectador ou apenas um cobrador, mas sim um protagonista. 
Dentro dessa perspectiva de formação cultural cidadã, a entidade estimula práticas colaborativas no campo das artes, em ações formativas que culminam na criação de espetáculos musicais, teatrais e danças. E assim incentiva os artistas locais, capacitando crianças, adolescentes e jovens músicos, dançarinos e atores amadores a ampliarem seus horizontes através da ação, criação e reflexão em torno dos valores simbólicos, gerando aprendizagem significativa, melhorando sua qualidade de vida e multiplicando esse efeito no ambiente da comunidade e ampliando, consequentemente, o interesse pelas artes em geral.
 Em suma, a parceria em rede de cultura viva tem contribuído sobretudo no sentido de conectar pessoas de diferentes realidades e condições sociais, promovendo valores não discriminatórios para a construção de uma identidade plural que proporcione o empoderamento dos sonhos e a quebra de vários tipos de bloqueios psicológicos e das barreiras sociais, que em tempos de pandemia e isolamento social se tornaram mais evidentes, dificultando a conexão pessoal e intersubjetiva.